Golias

Atravessei desertos

para encontrar você

Lutei contra dragões

Cuspi fogo no passado

Matei a serpente gigante

Derrotei cavaleiros alados

Feri primogênitos nobres

Levantei o mundo por você

Beijei estrelas sorrateiras

sorvi cada gota do mar Egeu

pois eu acredito em você

Sem contar vales e montes

Colinas não foram nada

Lágrimas uivantes soturnas

Me assaltam me prendem

Afastando meus olhos

Mas Dante sabe, Quixote

ouviu dizer, caracóis afrouxam

o laço sufocante berrando

aqui, ali, cá e acolá sem ecos

A escuridão de noite fria

é testemunha, não brinco

apenas relevo minhas lutas

meus sofrimentos e sonhos

Venci afinal, sou vencedor

mas muitas lutas eu tombei

o doce-amargo de seus beijos

anestesiaram meu sofrer

E agora...?

Aparecida

Aparecida, Aparecida, nossa

Mãe-Rainha, Senhora do

Jardim, mãe da esperança.

Nós não temos vinho,

Diga a Jesus para

Novamente dar-nos

Sua Luz.

Como em Caná devolva

A alegria para os filhos

Seus, filhos de Maria

Maria Aparecida, nossa

Padroeira, Mãe medianeira

Senhora do amor.

Venho aos seus pés

Com muita devoção

Pedir sua proteção,

Olhe por nós todos.

Abençoe nossa cidade

Proteja nosso povo, neste

Seu jardim ergue-nos de novo

Dá-nos sua certeza e o seu

Coração para que construir

Em mutirão

Uma nova casa que será

De oração, para toda

A cidade, Brasil e região

Agora animados vamos

Trabalhar, para que em

Sua casa possamos habitar.

Com sua segurança, conforto

E proteção, estenda para nós

Sua amorosa mão.

Protege com seu manto

Os que pedem em oração

Recebam com carinho vossa

Santa proteção.

Ensina-nos a ser missionários

Em defesa dos enfermos, dos pobres

 E abandonados, desse povo romeiro.

Por fim aqui viemos

Diante do jardim, oferecer

As nossas flores: rosas e jasmins.

Com você

Chuva de pedras no teto

Assustam meu coração e

me faz pensar na segurança

que tenho só ao seu lado

Quando estou com você

Derrubo muros, ergo vida

Destruo muralhas nobres

construo jardins plebeus

Ao seu lado sou forte fera

Salto vales subo montanhas

Deslizo colinas a pé descalço

Transponho rios e riachos

Ao seu lado passo cachoeiras

sem ao mesmo me molhar

Troco letras, arrumo frases

que enfeitam seu coração

Ao seu lado sou rei e escravo

Sou servo e senhor fracassado

Sou da corte o bobo alegre

Bicho e fera, caça e caçador

Sou pai, carrego-a ao colo

Sou Como mãe, amamento

Acalento, embalo sonhos

Vendo confetes lácteos

Com você sou tudo e nada

Tudo o que queria, nada

do que desejo, sou eu,

Sou você e somos nós

Desvario

A língua da verdade

Murmurou profecia.

Cumpre lânguida seu

Papel, adivinha que é.

Papéis jogados ao léu

Revelando que ali vive

A confusão e a tristeza.

Por onde começar isso?

Um mundo não vingou

Mesmo tendo plantado

Aqui raízes de certezas

Tudo se desmoronou

No mesmo canto jaz o

Obscuro vazio torpe a

Entorpecer com latrina

 Uns poucos tresloucados

Fantasia de um breve e

Sucinto carnaval atirada

Contra o muro hipócrita

Da vil beleza medusóide

Comigo...

Vim de um lugar distante
Perseguindo um sonho
Que tenho desde guri
Ser feliz, encontrar paz

Por isso trago o sorriso
No rosto, os cabelos soltos
As mão calejadas sim
Mas de um lutador

Não tenho vergonha
De minha triste vida
Minha história meus
erros...

Essa é minha vida
seu moço, até aqui
cheguei bem, amém
Estou com pressa

A hora vai adiantada
Eu sigo a passos largos
Trago na mala apenas
a esperança em sementes

Mas não se chateie, pois
reservei um momento
especial para uma boa
prosa amiga com você...

Só para você, vamos
Comigo procurar esta
tal felicidade oculta
Que nos aguarda

Não percamos tempo
pois o trem da vida
Não espera amigo
Por isso embarque

COMIGO...

Água

O líquido precioso

corre mata adentro

Levando vida boa

por onde passa

Sacia nossa sede

leva a esperança

revela a vida deísta

movida pela riqueza

Brota da terra, sacia

nossa vida, ligando

ao cosmo todo ser

que viver no mundo

Banha meu corpo

Está em mim e em

você, banhando a

terra gerando vida

FELIZ ANO NOVO

Um ano bom? Um bom ano

Novo, de novo? E assim se vai

Novo ano se aproxima e...?

Hummm. Sei lá. Falta algo.

Como posso desejar algo

De bom para alguém se

Eu não tenho disposição

Para isso? Se nada faço

Para que meu irmão caído

Possa se levantar, o faminto

E o sedento saciar, embriagar

de alegria e esperança e amor

Se não perdôo quem me feriu,

Ofendeu, magoou? Como posso

Dar a alguém o que eu não tenho

Nem mesmo para mim?

Belos cartões, lindas mensagens

Tudo isso é besteira e bobagem

Se eu não faço nada para melhorar

O ambiente e o espaço onde vivo.

Vamos começar a revolução da paz

Ou uma corrente do bem, que nasça

Do fundo de nosso coração, e que

Faça brotar nos lábios um largo e

Doce sorriso. Isso é preciso para

Fazer no mundo a diferença

E aí com essa disposição digo

Feliz Atitude nova. Amigo (a).